"(...) a crise contemporânea é uma crise de um modelo civilizatório particular, ou modelo civilizacional, sendo o da modernidade capitalista ocidental patriarcal."
Tradução livre, prefácio IX.
NATUREZA
COMUNIDADE
IMAGINAÇÃO
VALOR
TRANSFORMAÇÃO
NARRATIVA
(va.lor)
[ô]
sm.

1. Preço atribuído a algo
2. Utilidade, valia
3. Importância, qualidade, mérito
4. Validade, legitimidade
5. Princípio ético (valores morais)
6. Qualidade pela qual uma coisa se torna importante para alguém
7. Poder aquisitivo
8. Estima, consideração
9. Fig. Importância
10. Econ. Atributo que confere aos bens materiais sua qualidade de bens econômicos
11. Fil. Conceito que determina o que deve ser por intermédio de argumentações que se opõem ao que presentemente é
12. Mús. Duração relativa das figuras de notas e de silêncios
13. Art.pl. Variação da intensidade de reflexão da luz em uma determinada cor
14. Soc. Objeto de uma necessidade, atitude ou desejo
Em qual era estamos vivendo?
Oficialmente, na era geológica Cenozoica, habitamos o tempo geológico do Holoceno.
Muitos cientistas têm destacado a necessidade de oficializar o Antropoceno como o nosso tempo geológico atual, em que os impactos da civilização no clima e vida da Terra já não podem ser mais negados. Existem algumas variações propostas sobre como nomear o tempo que habitamos, como Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno…
Donna Haraway propõe o Chthuluceno, um tempo em que o emaranhamento entre espécies (pessoas e todos os seres) poderá fazer florescer arranjos multiespécies. É uma época que requer “sym-poiesis” (fazer com) ao invés de “auto-poiesis” (autoprodução). Aprender a ficar com o problema de viver e morrer juntes em um planeta danificado vai se mostrar mais condutivo ao tipo de pensamento que poderá prover os meios para construir futuros mais habitáveis.
Martha Alicia “Gunáa báan'y” traz a seguinte descrição em seu instagram: Regresando a la tierra 🌎
Uma artista que trabalha com barro, decidiu mudar para a terra natal de sua avó materna com a chegada da pandemia de covid-19. Neste território, trabalha com o barro que retira localmente e tem incorporado em seu trabalho os elementos da cultura de seus avós, de origem Zapotec, como a reverência ao mundo natural, rituais e conhecimentos medicinais tradicionais.
La Rentrada é um projeto que busca imaginar a possibilidade de retorno da diáspora Venezuelana em um contexto de outra realidade, ou sistema, para o país. O cenário de grande predominância de combustíveis fósseis é substituído por uma outra economia baseada no abacate.
María Elena Pombo, a artista por trás do Fragmentario e o projeto La Rentrada, compartilhou este vídeo de um rapaz operando um liquidificador mecanicamente, em um contexto que a Venezuela ficou sem energia por mais de um mês (no Brasil tivemos o caso do Amapá). Nesta postagem, María Elena destaca que apesar das dificuldades vividas, as pessoas fazem poesia. Encontram caminhos. E ela, como nós (e muitas outras pessoas também), estamos buscando entender como os futuros serão, o que queremos e precisamos em nossas vidas e que não temos que aceitar um “software” desatualizado em nossas vidas, podemos criar os nossos próprios.
O trabalho de E. F. Schumacher teve bastante influência em Satish Kumar, que acabou por fundar uma escola que faz homenagem ao seu nome, a Schumacher College, localizada no interior da Inglaterra. A escola possui cursos que abordam as questões ecológicas e de sustentabilidade de maneira holística, propondo que os alunos desenvolvam uma profunda relação participativa com a natureza. Existe uma atuação no Brasil, através da Escola Schumacher Brasil.
Solo, Alma e Sociedade, um livro de Satish Kumar, delicadamente foi mudando minha vida ao longo do tempo. Sinto que talvez seja já um momento de reler, reencontrar suas palavras que tão sutilmente foram me impactando durante a leitura. É um livro que ajuda muito em alinhar intenções e ações.
“Na natureza não há acumulação, posse ou propriedade. Tudo está em constante fluxo.” (Solo, Alma, Sociedade - p.57)
Escutar Ailton Krenak sempre faz abrir os olhos (e tudo mais). Aqui, um time de voluntários reuniu diversas entrevistas e outros conteúdos que reúnem pensamentos dele. No vídeo ao lado e no vídeo abaixo, mais sábias palavras.
“Com o nosso dom humano do raciocínio, tentamos controlar ou superar os processos emergentes que são nossa própria natureza, os processos do planeta em que vivemos e o universo que chamamos de lar. O resultado é crise em cada escala que conhecemos, das nossas sensibilidades morais mais profundas até a escala coletiva do clima e da saúde planetária e para além, inclusive da nossa espécie em relação ao espaço e tempo.
A crise está em toda parte, massiva, massiva, massiva.
E nós somos pequenos.
Mas a emergência percebe como pequenas ações e conexões criam sistemas complexos, padrões que se tornam ecossistemas e sociedades.
A emergência é nossa herança como parte deste universo; é a maneira como mudamos.
Estratégia emergente é como intencionalmente mudamos de maneiras que aumentam nossa capacidade de incorporar os mundos justos e liberados que ansiamos.”
Tradução livre, p.7.
Pensar global, agir local.
“Se o planeta acabou se distanciando do Terrestre, foi por se ter acreditado que a natureza vista do universo poderia pouco a pouco substituir, recobrir, banir a natureza vista da Terra, aquela que abarca, que poderia ter abarcado, que deveria ter continuado a abarcar, desde o interior, todos os fenômenos da gênese. A grandiosa invenção galileana terminou por ocupar todo o espaço, fazendo-nos esquecer que ver a terra a partir de Sirius é apenas uma pequena parte do que temos direito de saber positivamente – ainda que essa parte corresponda ao universo infinito.
A inevitável consequência de tudo isso foi que passamos a notar cada vez menos o que se passava na Terra. Ao adotar a perspectiva de Sirius, arriscamos necessariamente perder de vista muitos acontecimentos, ao mesmo tempo em que criamos muitas ilusões sobre a racionalidade ou a irracionalidade do planeta terra!” p.86.
Onde se situa o design diante da nossa crise civilizatória?
Como os atores no campo do design se propõem a atuar para a mudança em direção a outros mundos?
Nessa entrevista, Walter Mignolo traz de maneira muito clara a condição de pensar e habitar as bordas e a possibilidade da opção decolonial. Comenta da decolonialidade como uma reconstrução epistemológica, que muitos apontam como uma re-emergência, re-surgência, re-existência. A maneira como encaminhá-la vai depender da sua posição na matriz colonial do poder. Encaminhar uma reconstrução epistemológica vai significar também mudar sua maneira de se emocionar e sentir, não apenas sua maneira de racionalizar.
“O mundo enfrenta um déficit de imaginação social. Achamos fácil imaginar o apocalipse e o desastre; ou imaginar novas gerações de tecnologia. Mas achamos muito mais difícil do que no passado imaginar uma sociedade melhor uma geração ou mais no futuro.”
Tradução livre, p.3.
Cidadãos, reunidos em comunidades, com a intenção de reimaginar e reconstruir suas cidades de forma a serem mais resilientes, regenerativas e sustentáveis.
Como podemos criar valor coletivamente?
O cooperativismo poderia ser uma ferramenta de articulação na dimensão do trabalho?
“(…) a forma como a palavra "valor" é usada na economia moderna tornou mais fácil para as atividades de extração de valor se mascararem como atividades de criação de valor.”
Tradução livre da versão em inglês “The Value of Everything”, p.11.
Local Futures promove a localização da economia para restaurar comunidades e a natureza.
“Seja qual for o futuro que articulamos e que queremos criar, temos que praticá-lo em tantos aspectos de nossa vida atual e trabalho quanto possível. Isso dá vida à nossa visão.”
Tradução livre, p.206.
"Nós estamos imersos nessa atmosfera toda, então eu acredito que o que a gente tem, é que na medida de cada instante e de cada “start” que a gente tem, interagir no lugar que a gente está." Krenak, Ailton.
O que é natureza?
Quem é natureza?
Como sou natureza?
Como temos sido natureza?
Como a natureza se renova?
Quais os ciclos materiais da natureza?
Natureza é ser matéria viva e não viva?
A natureza cria cultura?
Quais os limites da natureza?
A natureza está dentro e está fora?
O que não é natureza?
O que é o valor?
O que é o valor para mim?
O que é o valor na construção social?
O que é valor na vida?
O que é valor na economia?
O que é valor na ecologia?
Como estou me relacionando com o valor?
Como estou criando valor?
Como coletivamente estamos nos relacionando com o valor?
Como estamos criando valor?
Quais valores estamos criando?
Por quanto tempo os valores que criamos duram?
Tem alguém impondo valores?
Habito um espaço de imposição de valores?
Quais valores percebo estarem sendo extraídos?
Como evitar a extração de valor a partir de mim?
Como evitar a extração de valor a partir do coletivo?
Quem tem o poder de criar valor?
Quem influencia como criar valor?
Quem distorce o valor?
Existe valor após a morte?
Como ser comunidade?
Já participo de uma comunidade?
Onde está a comunidade a que pertenço?
Como encontro ou crio uma comunidade para participar?
O que faço com essa comunidade? Quais as relações existentes?
O que quero fazer com essa comunidade?
Como a comunidade pode ser diversa?
Como a comunidade muda, evolui?
Por onde imagino?
O que tenho imaginado?
Quem influencia o que tenho imaginado?
Quem me deu o poder da imaginação?
Quanta ilusão há na imaginação?
Quais as tendências da minha imaginação?
Posso imaginar por outro ponto de vista?
Por que imaginar é importante?
Como imaginar coletivamente?
Como aceitar e conviver com diferentes imaginações?
Como imaginar e agir?
Transformo-me? Continuamente ou não?
O que é a transformação?
Para que serve a transformação?
A quem interessa a transformação?
O que é transformar? Um processo? Um movimento? Uma mudança?
O que se transforma?
Como se transforma?
Quanto tempo leva uma transformação?
Qual a importância da transformação?
Transformação é a natureza? Natureza é a transformação?
Como transformar em comunidade?
O que estamos transformando?
Estamos transformando algo ou a nós?
Julgamos transformações?
É possível transformar sem julgar, sem comparar?
Como aceitar transformações inesperadas?
Estamos vivendo transformações inesperadas?
Somos agentes de transformação?
Sentimos que temos poder para transformar?
Quem pode transformar?
Quem tem o poder de transformar?
Algo ou alguém influencia a minha transformação?
Sou consciente dessa influência?
Estou buscando influência para a transformação?
A cidade se transforma? Quem transforma a cidade?
Transformo onde habito?
Quero transformar onde habito?
O que busco na transformação?
A transformação acaba?
Qual narrativa habito? Ou quais narrativas habito?
Sou consciente das narrativas que habito?
Quais narrativas quero construir?
Estou construindo narrativas?
Com quem estou construindo narrativas?
Quem narra?
Quem tem o poder de narrar?
Estou narrando?
Como narrar coletivamente?
Quanto uma narrativa impacta minha vida?
Por quanto tempo existem as narrativas com as quais me relaciono?
Habito um lugar de conflito de narrativas?
O quão passiva ou ativa sou perante as narrativas?
Como aceitar e conviver com diferentes narrativas?
Sobre a importância de nos percebermos em uma rede.
Quando encontramos pessoas colocando em ação aquilo que acreditamos ser necessário é fortalecedor. Futuro Possível apresenta as pautas para que, justamente, algum futuro se torne possível.
Uma querida amiga ecóloga me ensinou que, para além da crise climática, o que atravessamos é uma crise civilizatória. Há, claro, a urgência de ações que mitiguem a cadeia de processos que já estão em curso, mas concomitantemente precisamos de mais ações que rompam com a matriz geradora desses processos. Não poderemos mais tratar do consumo de produtos sustentáveis sem colocarmos em cheque a cultura do consumo.
O que estamos sustentando, na verdade, é um sistema de crenças sobre necessidades e sobre possibilidades de existência. Quando Ailton Krenak nos diz que é mais fácil conceber o fim do mundo que o fim do capitalismo, nos vemos obrigadas a olhar para as sombras daquilo a que estamos apegadas, a uma visão de mundo que finge nos confortar numa ilusão de certezas, de seguranças, mas que está ruindo, e nós é que estamos nos esforçando para mantê-la erguida.
Parece que um paradigma nodal dessa dita “empreitada civilizatória” recai sobre a ideia que se tem de valor, em como hierarquizamos o mundo a partir de um juízo compartilhado de importâncias. De repente nos defrontamos com uma crise profunda e muitos dos valores que temos nos esforçado para sustentar ‒ sejam eles éticos, econômicos ou afetivos ‒ se tornaram incompatíveis com modos de vida que criam condições para a própria vida.
O dinheiro, a suprema metáfora para “valor” na contemporaneidade, aparece como protagonista nas discussões acerca da subsistência, como uma condição sem a qual não existem possibilidades, mas acho curioso que nós sempre poderemos ter a consciência de que dinheiro é um artifício quase linguístico de substituição, um signo que parece estar se confundindo com objeto da sobrevivência em si. Como sabemos, na falta de alimento não comeremos dinheiro.
“Para elevar a produtividade, o paradigma da disciplina é substituído pelo paradigma do desempenho ou pelo esquema positivo do poder, pois a partir de um determinado nível de produtividade, a negatividade da proibição tem um efeito de bloqueio, impedindo um maior crescimento. A positividade do poder é bem mais eficiente que a negatividade do dever. Assim o inconsciente social do dever troca de registro para o registro do poder. O sujeito de desempenho é mais rápido e mais produtivo que o sujeito da obediência”, p.25
Nossa intenção não é causar mais “ansiedade climática”, mas esses relatórios apresentam muitos dados e gráficos recentes sobre a situação da emissão de gases do efeito estufa e consequente elevação da temperatura.

Fica o questionamento acerca do quanto temos discutido seriamente sobre isso no Brasil, sinalizado como localidade bastante impactada, com elevação das temperaturas acima da média global.
“À medida que mantivermos nossa atenção concentrada nessas áreas e ajudarmos os outros a fazerem o mesmo, estabeleceremos um fluxo de comunicação dos dois lados, até a compaixão se manifestar naturalmente: o que estou observando, sentindo e do que estou necessitando; o que estou pedindo para enriquecer a minha vida; o que você está observando, sentindo e do que está necessitando; o que você está pedindo para enriquecer sua vida…” p.26
“O reconhecimento de que a Terra está viva significa deslizar em direção a uma área proibida para a ciência: o animismo (personificação, antropomorfismo e crenças mágicas narcisistas que foram substituídas há muito tempo pela ciência ‘objetiva’)”, p.8
Ouvi essas palavras de Chimamanda em uma palestra de Camila Araújo Alves, na qual ela apresentou o mote do perigo da história única para falar da narrativa hegemônica sobre pessoas com deficiência, criando uma relação transversal. Pela primeira vez tive a oportunidade de ouvir sobre o que é abundante na experiência de pessoas com deficiência, superando a narrativa da falta, imposta pela ideia de normatividade.
Hoje tenho refletido sobre como um período tão breve da humanidade parecia tão certo e estável. Outro dia conversando com um amigo, refletíamos sobre como algumas narrativas duram até demais, mas acabei estarrecida quando me dei conta de que 2000 anos é tão pouco para acreditarmos nela como noção de eternidade. Esse trator que foi a historiografia dos últimos milênios deixou muitas áreas desmatadas no nosso inconsciente coletivo, usurpou grande parte de nossas memórias ancestrais e hoje, “ocidentais civilizados” que somos, estamos tentando recolher alguns cacos para poder reintegrar nossas subjetividades.
Desde que nasci, na segunda metade da década de 1980, o mundo experimentou um período de crescimento econômico. No Brasil, então, vivemos o milagre do 1:1. Tanto otimismo e confiança naquele velho progresso. Como millennial fui nutrida com a narrativa de fartas oportunidades e acesso a lugares e conhecimentos que passavam longe de meus ancestrais.
A realidade que se apresenta em 2021, contudo, não parece tão promissora.
Que outras narrativas estamos semeando?
Duas coisas que quando aprendi + acolhi modificaram totalmente meus processos de entendimento de mundo:
1. o racismo é estrutural; 2. não ter preconceito é insuficiente, é preciso ser antirracista. Precisamos realmente aprender essas obviedades porque, estrutural que é, o racismo se sustentou (e sustenta) por tanto tempo devido a construções muito introjetadas em nossa visão de mundo. Por isso, a busca por agir de forma antirracista precisa ser constante, demandando autopercepção crítica e humildade para que possamos reconhecer aquilo que precisa ser transformado.
Conviver. Além de ler, escutar e fomentar
produções de pessoas negras, claro!
Os ventos das mudanças sussurram que devemos ser radicais.
Você também está ouvindo?
Como dizem, radical se refere à raiz. Estamos há algum tempo patinando em tentativas de transformar sem radicalizar. Claro, estamos cada vez mais desnutridas, nossa capacidade de imaginação foi sequestrada por muito tempo de monocultura ‒ a terra empobrece mesmo. Está difícil enraizar para que germinem novas ervas, novas eras.

Colocar a mão na terra. Algo precisa ser feito, e fazer se faz na matéria, não nas ideias.
A poética interessa porque estimula percursos não óbvios para nossas percepções e nossos pensamentos. Talvez na liberdade de viver uma experiência não condicionada à dimensão da utilidade prática resista a memória da matriz primordial da vida, o deleite da brincadeira que é coisa séria, que nos permite criar para estar no mundo.
Penso sobre família e sobre propriedade privada.
Não são a mesma coisa, mas se relacionam na estruturação da sociedade. Acho curioso a maneira com que o dinheiro circula numa família, mas não necessariamente em uma comunidade que transcenda os laços sanguíneos.
Quanto mais nuclear a família, maior será a circulação?
Talvez a visão de construção familiar não esteja distante do conceito de investimento.
E a visão de construção de uma comunidade?
Acampamento é um projeto da rede experimental mo~ que emergiu de encontros virtuais semanais entre gabi e prisca, neste último ano.


É uma proposta de imaginar possibilidades, outras realidades, outros sistemas, outros futuros e colocá-los em prática, mesmo que ainda de maneira improvisada nesse nosso mundo em pedaços, começando assim por um acampamento.

Propor este acampamento materializa nosso desejo de compartilhar um espaço, por reconhecermos a necessidade de construir algo. Como a ação se faz no presente, acampar representa a intenção de agir independentemente da ansiedade do amanhã, porque do amanhã não sabemos ao certo, mas o movimento é indispensável.
Para além das ideias e conceitos apresentados por Bruno Latour neste texto, o que mais interessou foi o convite à convivência com perguntas. Em um momento de extrema incerteza, encarar perguntas estruturadas e ter a oportunidade de imaginar possibilidades...
“Já que a natureza está sendo assaltada de uma maneira tão indefensável, vamos, pelo menos, ser capazes de manter nossas subjetividades, nossas visões, nossas poéticas sobre a existência.” p.33
Das alegrias de acompanhar o ambiente acadêmico sendo cada vez mais ocupado pelas diversidades.
Célia Xakriabá faz de seu corpo-território uma ponte entre os saberes ancestrais e os científicos, e nos ensina generosamente sobre como amansar a educação.
rede experimental mo~ busca estudar e revelar possibilidades de imaginação de formas emergentes de viver e fazer no mundo atual. É uma prática de reflexão evolutiva que entende o mundo em transição, buscando observar como novas relações emergem ou antigas relações se reconstroem a partir de uma visão não linear e descentralizada.
R E D E
para lembrarmos que estamos sempre em relação.
tecer uma rede como composição de tramas, de narrativas plurais que se emaranham e possibilitam ampliar, alcançar mais, em um exercício constante de alteridade.

E X P E R I M E N T A L
na experiência do fazer(-se) e do transformar(-se) vive a semente que cresce e ramifica e floresce e frutifica e alimenta e aduba e brota novamente.

M O ~
é partícula de movimento-transformação.
no agora existe a oportunidade de transformar a experiência e construir possibilidades para o amanhã à medida em que cultivamos o movimento, conscientemente.
Se quiser compartilhar algum comentário, sugestão ou ideia, você pode enviar um e-mail para:
rede.experimental.mo@gmail.com
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
Esta página apresenta algumas de nossas reflexões e referências, como um repositório, em que você pode clicar nos elementos para mais informações. A navegação se dá tanto no sentido vertical como no horizontal. Você pode utilizar o zoom de seu navegador para ter uma visão mais ampla e aproximar ou distanciar de acordo como desejar navegar pelos diferentes polos, que são seis: natureza, valor, comunidade, narrativa, imaginação e transformação.
*
*
*
*
*
*
*
*
*
Sobre futuros no presente.
iniciativa diária de imaginação de movimentos para futuros regenerativos.
A série de cadernos Selvagem, assim como a Biblioteca do Ailton Krenak, é um oásis para nos refrescarmos com a umidade das plantas e o cheiro de terra. Por distintos caminhos, somos convidades a nos entendermos enquanto natureza, antes de mais nada.
ciclo de estudos sobre a vida
SELVAGEM
Até quando será necessária a junção dessas duas palavras ‒ Economia e Solidária ‒ para que consigamos conceber estruturas de sustento que contemplem nossa condição de interdependência? Assim como a expressão Ubuntu carrega uma filosofia profunda recorrentemente sintetizada na máxima “Eu sou porque nós somos”, em breve espero encontrarmos (com) novas ferramentas para que administremos as condições para a sustentação de todas as vidas.
Existe muita seriedade em nossas
escolhas linguísticas.
Quando nos abrimos para outras
maneiras de falar, necessariamente
nos abrimos para outras formas de pensar.
Pensamento é linguagem.
Quando escolhemos romper com a ideia de universalidade do plural no gênero masculino coisas acontecem. Necessitamos atentar para cada uma das pessoas às quais nos dirigimos. Reconhecemos existências antes invisibilizadas.
Pequeno Manual Antirracista de Djamila Ribeiro é um ótimo ponto de partida.
Interessam tecnologias que já existem, que já efetuam no presente o futuro.
*